De acordo com Coutinho (2015), uma boa parte das três últimas décadas do século XX foram caracterizadas pelo debate epistemológico entre diversos paradigmas, essencialmente entre o enfoque quantitativo e qualitativo.
Contudo, nos últimos anos observam-se várias tentativas de integração das perspetivas metodológicas quantitativa e qualitativa e, para Salomon(1991) citado por Coutinho (2015), "transcender o debate qualitativo-quantitativo é hoje, mais do que nunca, uma necessidade para quem investiga a complexa realidade social e educativa... uma coabitação que está longe de ser um luxo; é antes uma necessidade se desejamos mesmo que dela nasçam resultados frutíferos".
Segundo Coutinho (2015) "o que deve determinar a opção metodológica do investigador não será adesão a uma ou outra metodologia, a um ou outro paradigma mas o problema a analisar."
A figura que se segue (figura 1), retirada de Coutinho (2015, p. 37), e adaptada de Black (1999, p.9) ilustra a forma como as duas abordagens, quantitativa e qualitativa, se complementam no processo global de investigação social.
Com base, também, em Coutinho (2015), citando Wiersma (1995, p. 12), existirá um contínuo quantitativo-qualitativo entre os dois paradigmas, em vez de diferenças conceptuais e metodológicas de cariz dicotómica entre ambos. Wiersma (1995) sintetiza as suas ideias na figura que se segue - figura 2 - retirada de Coutinho (2015, p.38).
Lukas e Santiago (2004), citados por Coutinho (2015), preocupam-se em encontrar pontos de convergência entre as duas metodologias de investigação - Quadro 4 - retirado de Coutinho (2015, p.39).
De acordo com Coutinho (2015), baseada em vários autores, podemos concluir, de forma breve, que umas das características mais marcantes na investigação atual em CSH é a aproximação entre os dois métodos e o proliferar de planos multi/plurimetodológicos combinando métodos quantitativos e qualitativos.
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