![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqWgB8BEZ92bvU_CjX2Afco7syYwhk-uLVbBiAmjSVfuzesMaW-EayFU4F3yPf1G3FAdhctWZSNvnOQHcTBmFAeXb74iYCXDgqIlyORQ_2SKdWW9nxuwbExkgEUzy46ROJvsmN7kA7Ng/s640/t%25C3%25A9cnicas-m%25C3%25A9todo-metodologia.gif)
![Metodologia de Investigação I com Ivo Rodrigues](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh81IaybuvgRM7dXO82rZIsEPnG0sjP-YvHElkRDJPai3FOs1OLsRARj-Pwoz1MsKYvGwoTzZ17ZB7_WUYEr3uGjFpoxO9PTV_PP_0-bs6O-3KBdAdEhj4h6fxnaeMBekEvxxij541Gyg/s1600-r/T%25C3%25ADt1.gif)
Este espaço, criado para a Unidade Curricular de Metodologia de Investigação I, do Mestrado em Educação e Tecnologias Digitais, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, tem como principal objetivo a construção do meu Ambiente Pessoal de Aprendizagem, onde procurarei registar, organizar e sistematizar as minhas aprendizagens no domínio das Metodologias de Investigação.
domingo, 27 de dezembro de 2015
Comparação de Critérios entre Paradigmas
Primeira Sessão Síncrona
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkBBLPKWN-rK8G4yE7HPd6Y3DOvtQfhHslL9_b-kKdFQRbwoMusmpiy3m0Q11hFesGBGyMIK9m2ByKBXvXgvwtNZtkcp0j4J89iSeDLP-ZFQ7Fiq3FB-YV5WN_C8aDbImaNCu0s9Pnrg/s320/ifAssignmentViaComputer.png)
Na sessão síncrona do dia 24.11.15, na qual também não participei, segundo informações de colegas, foram abordados os Paradigmas da Investigação Científica, com especial relevo para as perspectivas positivista e relativista - Positivismo e Relativismo.
sábado, 26 de dezembro de 2015
PARADIGMA SOCIOCRÍTICO (emancipatório, neo-marxista, feminista, freiriano, participatório, transformista)
É uma amálgama de tendências, visíveis nas várias
designações a ele associadas e junta um conjunto de investigadores para quem o
paradigma interpretativo não foi uma solução (“…mudou as regras mas não a
natureza do jogo” Mertens, 1997, p.15).
De forma simplista o paradigma emancipatório é uma
versão modernizada da filosofia marxista.
Este paradigma é conceptualmente suportado pela Teoria
Crítica de Jurgen Habermas, pois é uma abordagem “crítica”, onde se desafia
tanto o reducionismo do paradigma positivista como o conservadorismo do
paradigma qualitativo/interpretativo na investigação em CSH.
Para Habermas (1974) nenhum dos dois anteriores
paradigmas incluem explicitamente nos seus objetivos a intenção de modificar o
mundo rumo à liberdade, justiça e democracia. Ele considera a existência de um
terceiro tipo de conhecimento que liga à sua Teoria Crítica – “o conhecimento
emancipatório, que visa desmascarar as ideologias que sustentam o status social
restringindo o acesso ao conhecimento aos grupos sociais mais oprimidos, numa
primeira fase, e, numa segunda fase, intervir de forma ativa para modificar
essas situações.
A Teoria Crítica rejeita a existência de um
conhecimento objetivo e de perspetivas neutras na investigação, porque todo o
investigador está situado socialmente e defende sempre os interesses de um dado
grupo social.
“O conhecimento é sempre uma construção social ligado a
um interesse de cariz técnico (paradigma positivista) ou a um interesse de comunicação
prática (paradigma qualitativo) ou ainda a um interesse crítico emancipatório.
Em suma, este paradigma apresenta semelhanças a nível
metodológico com o qualitativo mas a inclusão da componente ideológica
confere-lhe um cariz muito mais interventivo que está na origem de estudo sobre
curriculum, a administração educativa, e formação de professores e no
proliferar de metodologias de investigação que se agrupam em torno da
designação geral de “Investigação-Ação”.
Adaptado de Coutinho, C. (2015). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Almedina
PARADIGMA QUALITATIVO OU INTERPRETATIVO (hermenêutico, naturalista, qualitativo, construtivista)
Apesar de ter surgido no início
século passado, com o nascimento da antropologia e da sociologia de Chicago,
foi apenas na década de 70, sobretudo nos EUA, que se assiste a uma explosão de
pesquisas levadas a cabo sob este novo referencial – é a 2ªfase ou período
“modernista” (Flick, 1998). Em meados dos anos 80 surge a 3ª fase da história
da investigação qualitativa e com os anos 90 surge a fase atual, ou 4º momento
(Flick, 1998), em que a tónica vai para a construção de teorias que se adaptem
a problemas/situações muito específicas e que é conhecida, na literatura
anglo-saxónica, por grounded theory (Flick,
1998; Punch, 1998).
Do ponto de vista ontológico,
segundo Guba (1990), este paradigma adota uma posição relativista, inspira-se
numa epistemologia subjetivista que valoriza o papel do investigador/construtor
do conhecimento, e por isso o quadro metodológico adotado é incompatível com as
propostas do positivismo e do pós-positivismo.
De forma sintética, este
paradigma pretende substituir as noções científicas de explicação, previsão e controlo do paradigma positivista pelas de compreensão, significado e ação.
Investigar implica interpretar
ações de quem é também intérprete, envolve interpretações de interpretações –
dupla hermenêutica. Além de parciais e perspetivadas as interpretações são
circulares. A interpretação da parte depende da do todo, mas o todo depende das
partes. Esta interação da interpretação todo/parte é designada por círculo
hermenêutico da interpretação. A produção do conhecimento é assim concebida
como um processo circular, iterativo e em espiral, não linear e cumulativo como
retratado na epistemologia positivista.
Segundo Gadamer (1975), um
conhecimento “objetivo” no sentido positivista é de todo impossível. Porém será
um conhecimento válido na medida em que, o ter consciência da influência da
“tradição” na sua interpretação, faz com que o investigador tenha uma maior
abertura de espírito no momento de interpretar. Estar consciente dos seus
preconceitos torna o investigador mais lúcido e o conhecimento que daí resulta
será mais objetivo.
Assim, a investigação é uma
“fusão de horizontes” – o investigador, consciente das suas ideias
pré-concebidas ( o seu horizonte), busca incessantemente o conhecimento abrindo
a “sua” a outras perspetivas (outros horizontes) que com ele se fundem, completam
e expandem.
Esta “fusão de horizontes” é, então, segundo Gadamer
(1975), o referencial da objetividade que funciona como alternativa à noção do
conceito segundo a epistemologia positivista.
Adaptado de Coutinho, C. (2015). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Almedina.
PARADIGMA POSITIVISTA (quantitativo, empírico-analítico, racionalista, empiricista)
Procura adaptar o modelo das Ciências Naturais à
investigação das CSH, através de uma metodologia de cariz quantitativo.
A investigação em CSH seguiu este paradigma e do
pós-positivismo, o seu sucessor, impulsionados pelas ideias “positivistas”, tão
em voga no séc. XIX, baseadas no pensamento de Augusto Comte, que defendia a
primazia do estádio positivo do conhecimento baseado na observação.
Esta forma de ver o mundo, apoiada numa ontologia
realista (pretendia-se descobrir como as coisas são e como trabalham mesmo,
procurando, como fim último, prever e controlar os fenómenos) encontrou na
metodologia experimental o instrumento mais eficaz para a sua concretização.
Então, o investigador deve equacionar hipóteses e submetê-las à confrontação
empírica (falsificação) sob rigoroso controlo experimental.
Neste sentido, aceitamos uma orientação nomotética
para a investigação em CSH, em que o conhecimento se questiona por hipóteses
causais e estatisticamente comprovadas.
“As hipóteses confirmadas podem generalizar-se a
outras populações ou a situações similares às estudadas. Pressupõe a existência
de relações simples entre os termos e conceitos técnicos do investigador, as
operações de investigação, as descobertas e as conclusões de investigação.
Considera-se sobretudo que a investigação social oferece os meios de criar
provas objetivas para evitar a subjetividade e os juízos de valor.”
Bible e Bramble (1986, citados em Pacheco, 1993, p.
10)
Para os defensores da teoria positivista, a Teoria é
fundamental; na base de uma investigação está sempre uma teoria que a orienta,
sendo que muitas vezes a investigação científica limita-se a comprovar essa
mesma teoria.
O movimento do
positivismo lógico (neopositivismo), nasce no séc. XX e integra, além de
Augusto Comte, várias figuras, naquele que ficou conhecido como o Círculo de
Viena.
Para estes, também, só o método científico dava
garantias de obtenção do conhecimento mais objetivo possível. A objetividade é
a palavra forte na epistemologia objetivista que está na base deste paradigma.
Esta epistemologia levou a um paradigma que enfatiza:
- o determinismo (há uma verdade que pode ser descoberta);
- a racionalidade (não podem existir explicações contraditórias);
- a impessoalidade (tanto mais objetivos e menos subjetivos melhor);
- previsão (o fim da investigação é encontrar generalizações capazes de controlar e prever os fenómenos;
- uma certa irreflexividade (na medida em que faz depender a validade dos resultados de uma correta aplicação de métodos esquecendo o processo de investigação em si).
O domínio da epistemologia
positivista/objetivista teve consequências na investigação em CSH a dois
níveis:
- foi dada importância à produção de conhecimento baseada na descoberta de factos e formulação de teorias visando a generalização;
- foram adotadas uma linguagem, metodologia e técnicas de medida e quantificação próprias das ciências naturais, que em muitos setores da comunidade científica são os únicos considerados válidos e aceites para investigação em CSH.
Adaptado de Coutinho, C. (2015). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Almedina.
Paradigmas de Investigação em CSH
Tem existido polémica, de
cariz dicotómico, na identificação de “quantos” paradigmas enquadram a investigação
em CSH: quantitativo vs qualitativo; explicar vs compreender; investigação
positiva vs humanista, etc..
Atualmente há mais consenso na defesa de existência de três grandes paradigmas de investigação em CSH:
- Paradigma positivista ou quantitativo;
- Paradigma interpretativo ou qualitativo;
- Paradigma sociocrítico ou hermenêutico.
(Bisquerra, 1989; Latorre et al.,
1996; Morin, 1983)
Paradigmas da Investigação Social
Fonte: Cohen, L., Manion, L. and Morrison, K. (2011). Research methods in education. 7thedition. London: RoutledgeFalmer.
MÓDULO 2 - Paradigmas de investigação em Educação
OBJETIVOS:
- Distinguir os principais paradigmas de investigação em Educação e respetivos fundamentos ontológicos, epistemológicos e metodológicos;
- Tomar consciência dos principais desafios de natureza deontológica e ética na investigação científica em geral, e na investigação em educação em particular;
CONTEÚDOS:
- Principais paradigmas da investigação em Educação.
- Caracterização e fundamentos de natureza ontológica, epistemológica e metodológica.
- Desafios e limites de cada uma das abordagens.
- Deontologia e ética na investigação.
Investigação e Avaliação (Research Methods in Education)
Fonte: Cohen,
L., Manion, L. and Morrison, K. (2011). Research
methods in education. 7th edition. London: RoutledgeFalmer.
Métodos de Investigação em Educação
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5SfBonySB0ash8Fl1IAKaspxApeE70VT6u_1kslSrLQaY1-QsCSLb-vNe0TE9UgpDVHadtMYBkZv7vfqBv3XNLOrHGzOty5m95O9cRi1sA2LUtKjdfLHsno3I5cfCighmpA8Y87ZaBQ/s400/cover.jpg)
Este livro é composto por cinco
partes:
1ª Parte: The Context Of Educational Research;
2ª Parte: Planning Educational Research;
3ª Parte: Styles Of Educational Research;
4ª Parte: Strategies And Instruments For Data
Collection And Researching;
5ª Parte: Data Analysis.
Neste
momento, no contexto deste primeiro módulo, o livro será interessante de
analisar nas duas primeiras partes. Conta, também, com um sítio da internet
para auxiliar a sua utilização. Este sítio possui vários recursos, sendo de destacar:
- apresentações, em powerpoint, com o resumo dos capítulos;
- recursos adicionais, para determinados capítulos;
- weblinks, por capítulos.
Segunda Sessão Síncrona
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlttrz5aGdu_KrXWOChCK9qkvTqFPGiZbKuOuA0RLIajsy0WvDVqeOt3yjfD5f9dx8L0R43a0l13zy4f57ospgi2qoG8oZOBEl9Fti5lf0G6xTmiaVCOwhjOsC-APMAeUcTxF3UMDMw/s200/ifAssignmentViaComputer.png)
Nesta sessão, o professor também focou
as três fases da investigação:
- Problemática – delimitação do problema (questões e objetivos da investigação);
- Planeamento – plano de investigação (objeto de análise; instrumentos de análise; informadores e o modelo de análise);
- Execução – recolha, análise e interpretação (resultados; conclusões; aplicação e implicações).
Segundo Tuckman (2000), ao selecionar
o problema de investigação temos de ter em conta alguns critérios relevantes,
tais como:
·
A aplicabilidade e exigências;
·
A aplicabilidade crítica, a extensão e a
complexidade;
·
O interesse para nós e para os outros;
·
O valor teórico e a potencial contribuição para
a nossa compreensão do fenómeno;
·
O valor prático e a potencial contribuição para
a aplicação.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Primeira Sessão Síncrona
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKfx18VpOuUl-7aK9njlzTdUUdmyD8zfJML6MhMFEytoYrpcw5v2Uy2j40pvSb7Kb5S69f8dWCMgV9whYg0MXa4g5oU2ebsRM5a_wYnZIZ9010-7mTYOWaK3W4kPTtNeYeA1O87qi7g/s200/ifAssignmentViaComputer.png)
- Paradigmas Investigativos;
- Características do conhecimento científico;
- Problemática investigação vs avaliação e respetivos componentes da avaliação;
- Investigação em educação.
sábado, 28 de novembro de 2015
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
MÓDULO 1 - Natureza e características da investigação científica
OBJETIVOS:
Compreender a natureza da investigação científica, identificando etapas, componentes do processo e critérios de qualidade.
Compreender a importância da formulação de problemas, questões e objetivos de investigação, e o papel da teoria, da revisão da literatura e da recolha de dados empíricos nesse processo.
CONTEÚDOS:
Natureza e características da investigação científica. Etapas, componentes do processo e critérios de qualidade. Formulação de problemas, questões e objetivos de investigação. O papel da teoria, da revisão da literatura e da observação e recolha de dados empíricos.
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